lunes, 9 de febrero de 2015

Taller de escritura creativa en A Coruña




Este invierno continuamos con el taller de co-escritura creativa itinerante e independiente, aquí en esta pequeña ciudad atlántica.

Por ahora, somos cuatro leales nómadas que compartimos sabores y saberes.   Cafés de letras y otras pastas.  Permitido comer mientras se escribe y se lee.  Nuestro lema: Come y habla. 








miércoles, 4 de febrero de 2015

O peixe, poema de Micaela Ferreira

Zaida Fernández


Micaela Ferreira, Nascida em 1978 frequentou o curso profissional de teatro do Balleteatro, vertente interpretação e é licenciada em Estudos Teatrais da Universidade de Évora.
Em 1999 inicia a sua vida profissional como actriz com  a companhia TRIGO LIMPO, e desde aí trabalhou com Pompeu José, Helena Flor, José Rui Martins, Bibi Perestrelo, Cristina Chafirovitz, Mário Jorge, em várias companhias  como O TRIGO LIMPO, 3 em Pipa, Teatro de Animação os Pápa Léguas, entre outros. Participou também em inúmeras campanhas de leitura em parceria com o Projecto Nacional de Leitura e rede Nacional de Bibliotecas. Desenvolve desde 2004 trabalho em locução e dobragem de animação e imagem real.

Na docência, actividade que desenvolve desde 2005, leccionou Expressão Dramática e Teatro nas escolas Luisa de Gusmão, Liceu Passos Manuel e Pedro Nunes Escola Profissional de Tondela.
Em 2010 iniciou o projecto ARTErra-residências rurais artísticas na aldeia Lobão da Beira, em Tondela na qual a direcção artistica está a seu cargo.

Continua a desenvolver trabalho na área artística e de produção e promoção cultural.

"A escrita acompanha-me desde que me lembro. Escrevo porque existo, escrevo por escrever, escrever acontece-me e não sou eu que o determino."

Y ahora uno de sus poemas en portugués y castellano:


O peixe 

Micaela Ferreira (Portugal)

Traducción: Rosanna Moreda

 

 

 

Era uma vez um peixe.

Tranquilo vivia sempre que assim podia.

Um dia sem mais nem porquês tiraram o peixe da água.

Ele agonizou e pensou que morria, debateu-se até que secou completamente.

Estranhamente o peixe não morreu.

Sobreviveu assim, e assim se habituo a viver.

Estava sempre triste e saudoso do seu tempo aquoso.

Vi-o e levei-lhe água, salpiquei-o a medo, e ele sorriu.

Quando lhe quis pegar para o levar para a água ele fugiu-me a dizer que já não sabia se queria.

Peixe estranho este….

 

 

El pez

Micaela Ferreira (Portugal)

 

 

 

Era una vez un pez.

Tranquilo vivía siempre que así podía.

Un día sin peros ni porqués sacaron al pez del agua.

Agonizó y pensó que moría, se debatió hasta secarse por completo.

Extrañamente el pez no murió.

Sobrevivió de este modo, y así se habituó a vivir.

Estaba siempre triste y saudoso de su tiempo acuoso.

Lo vi y le llevé agua, lo salpiqué con tiento, y sonrió.

Cuando lo quise tomar para llevarlo al agua, se le ocurrió decirme que ya

no sabía si quería.

Pez extraño este…